Processo de Investigação – Etapas

Criou-se a ideia, ao longo de anos, que a investigação académica, estava reservada a cientistas, pessoas essas já de uma certa idade, com óculos de lentes bem grossas para corrigir a miopia, a puxarem a sua longa barba enquanto meditam sobre assuntos complexos, cujos comuns dos mortais nem se atrevem a questionar sobre o tema em estudo, sob o risco de não o entenderem sequer (!), tal a insignificância que se sentem perante tamanha genealidade.

Mas os tempos têm vindo a mudar, com o acesso de mais jovens a mestrados e a doutoramentos, confiantes que poderão, pelo memos, tentar dar o seu melhor, arriscando levar a cabo um projeto de investigação sobre um tema que lhes interessa e até apaixona.  E, com a crescente democratização do ensino, o próprio processo de Bolonha obrigando os discentes a fazerem uma tese de final de curso ou um relatório de estágio, desmistificaram o processo de investigação, trouxe maior leveza e deixou cair por terra a ideia inicial sobre o endeusamento da investigação académica. Ou seja, os jovens interessados em fazer investigação, perceberam que, com organização, método, resiliência e fazendo uso das ferramentas necessárias , bem como com o conhecimento dos seus processos, para levar a cabo a investigaçção científica, não é assim tão dificil.

No entanto, continua a haver alunos que são de opinião que a investigação científica não tem qualquer relação com a realidade do dia-a-dia. Já outros estudantes, pensam que a investigação científica, por ser de tal forma especial e direccionada aos mais inteligentes dos inteligentes, só é levada a cabo em instituições de ensino muito especializadas e, de difícil acesso por concurso, ou até por causa das propinas que devem cobrar.

Perante o acima referido, pensamos que cabe às Universidades/Faculdades, desmistificar as ideias relatadas e prestar aos seus potenciais e atuais discentes, o apoio que necessitam, caso a caso, quando vão ter em mão um Projeto de Investigação que não sabem se quer por onde começar. Importa, pois desmistificar os mitos que se cristalizaram nos últimos anos, sob pena de se perder excelentes potenciais investigadores que grande falta fazem a Porgtugal.

Seguidamente, apresentamos uma sugestão genérica de como levar a cabo um Processo de Investigação:

Etapas do Processo de Investigação

Etapa A: Escolher o Tema a Investigar

Etapa B: Identificar o Problema da Investigação

  • Estabelecer os objetivos e as questões da investigação;
  • Justificar o tema da investigação e a sua viabilidade.

Etapa C: Proceder ao Desenvolvimento do Referencial Teórico

  • Definir os tópicos que constarão do enquadramento;
  • Fazer a revisão de literatura;
  • Recolher de informação relevante;
  • Configuração do referencial teórico.

Etapa D: Definir se a Investigação é:

1) Exploratória;
1)Descritiva;
2)Explicativa;
3)Correlacional.

– Proceder à escolha da estratégia de investigação apropriada.

Etapa E: Enunciar a(s) Hipótese(s), (se aplicável)

  • Elencar as variáveis ​​da investigação;
  • Definir concetualmente as variáveis ​​da investigação (dependente(s); Independente(s) Explicativa(s); ou Intervenientes);
  • Definir operacionalmente as variáveis ​​de investigação.

Etapa F: Seleção da Amostra

Etapa G: Recolha de Dados

  • Preparação do(s) instrumento de avaliação (se for o caso) e a sua aplicação;
  • Calcular a validade do(s) instrumento(s) de medida das variáveis.

Etapa H: Análise dos Dados                             

  • Seleção dos testes estatísticos.
  • Fazer as análises (tratamento dos dados).

Etapa I: Apresentação dos Resultados.





“Não pode escapar da responsabilidade de amanhã, evitando-a hoje.”

Abraham Lincoln